1ª Caminhada do Movimento Eu Respeito As Vagas, E Você?

Na manhã do último sábado aconteceu a  1ª Caminhada do Movimento Eu Respeito As Vagas, E Você? A ação tem como objetivo promover a conscientização sobre as vagas de estacionamento para idosos e portadores de deficiência física. O evento foi idealizado pela geógrafa e corredora Karolina Cordeiro mãe de Pedro, de 5 anos, que tem a Síndrome de Aicardi-Goutières (SAG) – uma doença rara que impede seus movimentos). Antônio Carrijo participou e comenta sobre a importância do evento.  “Em primeiro lugar quero parabenizo a idealizadora do evento Karolina Cordeiro pela  intenção em dar voz e incentivar as pessoas lutarem por esse direito.  Mesmo sendo o nosso dever em não só cumprir a lei, mas de respeitar o próximo, esse trabalho de conscientização é de grande valia, para sensibilizar aqueles que infelizmente  ainda não tem essa consciência formada”, afirmou Carrijo.

Leia a Matéria do Jornal Correio publicada em 19/07/2012

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Repórter:Felipe Santos

Com o objetivo de promover a conscientização sobre as vagas de estacionamento para idosos e portadores de deficiência física será realizada, no dia 4 de agosto, a primeira caminhada do movimento “Eu Respeito as vagas, e você?” que acontecerá no Parque do Sabiá. A ideia foi da geógrafa e corredora Karolina Cordeiro, cujo filho, Pedro, de 5 anos, tem a Síndrome de Aicardi-Goutières (SAG), uma doença rara que impede seus movimentos. A intenção dela é dar voz às pessoas que foram desrespeitadas por quem ocupou vagas especiais e incentivar a denúncia dos infratores.

Karolina Cordeiro foi uma das pessoas que passaram por este tipo de problema. Segundo a corredora, ela foi vítima de gritos, xingamentos e tentativas de agressão por parte de quem ocupou uma destas vagas especiais. “Em uma academia, um rapaz quis me agredir, dizendo que ninguém o obrigaria a tirar o carro de lá. Situações constrangedoras que expunham meu filho. Percebi que sozinha eu era calada e resolvi fazer o movimento”, disse.

Com apoio da fisioterapeuta Isabel Cristina Paula, Karolina Cordeiro usou a pergunta que fazia aos motoristas que estacionavam nas vagas para idosos e portadores de deficiência física e criou o movimento. “Eu sempre perguntava: Eu respeito as vagas, e você? Tem que parar com essa ideia de que vai ficar (neste local) só durante 20 segundos. E a caminhada é para conscientizar as pessoas sobre isso”, afirmou.

Durante a caminhada, serão entregues formulários com orientações para utilização das vagas especiais. “Neste formulário vai ser explicado, por exemplo, que é necessário o cartão de identificação (a ser colocado no veículo) que vale nacionalmente. Fazemos isso, pois qualquer que seja a deficiência ou a limitação, a pessoa tem o direito de ter qualidade de vida”, afirmou.

Lei federal prevê reserva de espaços

São reservadas para deficientes físicos 2% das vagas para veículos que transportam pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção. A reserva é garantida pela Lei Federal n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Para identificar o veículo, uma credencial deve ser emitida pelo órgão responsável pela fiscalização de trânsito do município e deve estar em conformidade com o modelo proposto pela legislação. Os veículos deverão exibir a credencial sobre o painel do veículo ou em local visível. A identificação é válida em todo o país.

A Lei Federal n° 10.741, de 1° de outubro de 2003, sobre o Estatuto do Idoso estabelece a obrigatoriedade de destinar 5% das vagas em estacionamentos públicos para uso exclusivo de pessoas com 60 anos ou mais.

Idealizadoras pretendem criar ONG

A fisioterapeuta Isabel Cristina Paula afirmou que um dos objetivos delas é criar uma ONG para fazer um trabalho ainda mais consistente de conscientização. “Vamos avaliar como vai ser o movimento. Muita gente está aderindo e apoiando. Se conseguirmos todos os objetivos, o próximo passo é tentar criar uma ONG”, disse.

Proprietária de uma clínica onde 99% dos atendimentos são de crianças especiais, ela afirmou que não é só o estacionamento a prioridade do movimento. “Em alguns bairros mais antigos os passeios são ruins, nem uma pessoa sem deficiência consegue andar, e o acesso em alguns lugares é muito limitado. Uma coisa vai puxando a outra. A conscientização é geral”, disse.

Mande fotos e vídeos sobre desrespeito a estas vagas para [email protected].